Que a música e os jogos educativos trazem benefícios ao desenvolvimento de bebês e crianças e melhorias em uma série de fatores em suas vidas, já é mais que comprovado. Por isso, nesse post vamos pirulitar com uma entrevista feita com a Bárbara e o Roberto De Lima, que dirigem o Centro de Música e Xadrez, além de ficar por dentro de curiosidades relacionadas ao assunto. Vamos juntos?

Para começar, conhecendo um pouco do Centro. Nele, há cursos de musicalização infantil, educação musical, piano clássico, xadrez, raciocínio lógico e filosofia, compreendendo todas as idades e começando pelos babies. Mas o mais bacana é que ele possui também atendimento para especiais e aulas personalizadas e exclusivas em domicílio.

musicalização para bebês Bárbara e Roberto de Lima

Musicalização para bebês (Foto: Divulgação)

 

bonequinhos para bebês Roberto de Lima

Os amiguinhos que ajudam nas aulas com as crianças (Foto: Divulgação)

Além disso, boa parte dos alunos de música têm como foco principal o tratamento da depressão, autismo, dificuldades na escola, ou mesmo para ajudar no desenvolvimento global!

trabalho com autistas roberto de lima2

Aulas de músicas com autistas (Foto: Divulgação)

Para saber mais detalhes, um bate-papo com a Bárbara De Lima:

1)Qual a importância da música para o desenvolvimento infantil?
A música é a linguagem universal da humanidade, logo, o trabalho musical orientado ensina a criança a expressar afetos, a formular a linguagem, a ser sociável, a ter disciplina, trabalhar o corpo e as faculdades intelectuais.

2) Fala um pouco sobre os benefícios da prática tanto da música quanto do xadrez para o tratamento de crianças especiais.
Existem grandes estudos e experiências do efeito benéfico do trabalho musical com downs (portadores da Síndrome de Down), pessoas com problema motor, com lesões diversas e sobretudo autistas. A música dá a pessoa autista, por exemplo, um poderoso meio de comunicação, ajuda na socialização e organização. Assim como o trabalho enxadrístico é reconhecidamente importante para pessoas com déficit nas faculdades intelectuais, tdah, hiperativos, etc.

3) Quem ministra os cursos e que tipo de especialidades e qualificações possuem?
Os cursos são ministrados pelo professor Roberto De Lima, que possui formação em piano, composição e filosofia pela UFPB, além de ter feito Escola de Música de Teresina e o Conservatório Alberto Nepomuceno. E atualmente se especializa em psicopedagogia pelo Cintep. Ele também joga xadrez desde criança, tendo obtido um empate com o campeão mundial Anatoly Karpov numa simultânea em 2006, além de vários torneios. E por mim, que tenho formação em Teatro e História e qualificação também em psicopedagogia. Sou a idealizadora do Centro de Música e Xadrez.

4) Por que o xadrez e não outro jogo?
A escolha pelo xadrez é de início por não se tratar apenas de um jogo, mas de uma arte, um esporte e uma ciência. Trabalha a concentração, a capacidade de liderança, o raciocínio lógico-matemático e etc. É uma prática tão rica que tem sido adotado pelas maiores instituições educativas e culturais.

5) Quais exemplos de superação e melhorias já foram alcançados em seu centro e que podem inspirar?
São muitas as conquistas nesses anos de trabalho, tudo fruto de muita pesquisa, organização, método e, sobretudo, de entrega a esse trabalho. Temos todo um trabalho com pessoas das mais diversas idades, tipos e interesses. Pessoas que querem cursos empolgantes para si, pessoas que querem desenvolver seus filhos, pessoas especiais, entre outros. Lembramos carinhosamente de R. C. (iniciais do nome da criança), hoje em outra cidade, uma criança com características autistas, cujo ensino da música entrou em sua vida de maneira profunda ajudando-o a superar seus medos e obstáculos. Temos orgulho de dizer que o nosso trabalho é inspirador no sentido pleno do termo, e que trabalhamos com as disciplinas do futuro.

Agora, uma curiosidade divulgada na fanpage do CMX:

*Evolução da Percepção Musical com a Idade:
1 ano – explora a sua voz, brinca com as alturas, dinâmicas, o âmbito e o timbre.
2 anos – desenvolvem cada vez mais a sua percepção melódica, iniciam a organização de padrões que podem ser reconhecidas como pequenas canções, conseguem controlar o contorno e o ritmo de uma frase musical mas não conseguem controlar a tonalidade.
3 anos – conseguem já cantar canções com alguma elaboração, utilizam palavras e contornos corretos, mas ainda não possuem a noção da tonalidade.
4 anos – conseguem manter estáveis as alturas e os intervalos durante uma ou duas frases, mas depois, deslizam para outra tonalidade.
5 anos – conseguem estabilizar a tonalidade numa canção
6 anos – conseguem distinguir se certa sequência é tonal ou atonal
8 anos – já são capazes de verificar mudança de modo, surge a capacidade de distinguir as características dos intervalos.